O sonho de investir em um negócio próprio e ser chefe permeia o imaginário de muitos brasileiros. Mas é mais comum do que se imagina encontrar quem alcance esse objetivo e se pergunte: “abri minha empresa, e agora?”.
Ser empreendedor significa trabalhar dobrado, ainda mais quando o negócio está começando. Essa sobrecarga pode ocasionar lapsos quanto a obrigações legais e financeiras imprescindíveis. Isso acarreta consequências e de nada adianta somente apresentar escusas diante delas.
Além do mais, também é preciso gerenciar a contratação de funcionários. Encontrar pessoas qualificadas pode ser um tremendo desafio.
Se você está iniciando no mundo corporativo e quer saber como fazer o negócio acontecer de fato, aqui encontrará algumas orientações básicas de contabilidade. Dessa maneira, você poderá recuperar o capital investido, cumprir com os encargos e gerir seus recursos humanos com êxito.
Vamos nessa!
Índice
O que preciso saber depois que abri minha empresa?
Abrir sua empresa foi um passo importante. Você certamente já pesquisou sobre o mercado em que decidiu atuar e já tem estimativas de faturamento, custos, entre outros aspectos.
Na prática, podem acontecer surpresas. Sejam elas positivas ou negativas, é preciso saber como lidar com elas. Especialmente no que diz respeito à parte financeira, que é vital para manter as portas abertas.
Caso você não tenha experiência na parte gerencial e de finanças, a melhor atitude é contar com uma assessoria especializada. Atualmente, esse tipo de serviço custa muito menos do que se imagina.
Outra alternativa é terceirizar a gestão financeira ou parte dessas atividades meio para que você tenha condições e tempo de focar na atividade fim. Engana-se quem pensa que isso se restringe a grandes companhias. Até mesmo startups já apostam nessa solução.
Quando e o quanto devo faturar?
É fundamental ter bem claro no seu plano de negócios que o faturamento do mês seja suficiente para cobrir as despesas. Somente a partir disso é possível começar a pensar em um pró labore.
Nos primeiros meses, eventualmente a conta não fecha. Contudo, isso deve ser ajustado o mais rápido possível para que não se atinja um gargalo financeiro – a famigerada “bola de neve”.
Como funciona o pagamento de impostos?
O pagamento de impostos e taxas é uma demanda que exige extrema atenção e cuidado. Afinal de contas, encarar multas e outras penalidades logo no início da sua trajetória não é nada bom, certo?
No que se refere à manutenção do seu CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), é possível enquadrar a sua empresa em diferentes modalidades para o pagamento de impostos. As mais comuns entre as micro, pequenas e médias empresas são o Simples Nacional e o Regime de Lucro Presumido.
Observe mais detalhes sobre ambos a seguir.
1. Empresas no sistema Simples Nacional
No Regime Simples Nacional, impostos diversos são recolhidos em uma única guia. Ali estarão o ISS, o ICMS, o IRPJ, o PIS, o CONFINS, o CSSL e o CPP. A base para o cálculo é a receita bruta do mês. Já os percentuais podem variar de acordo com a sua atividade.
O INSS sobre salários e pró labore são pagos à parte.
2. Empresas no sistema de Lucro Presumido
No Regime do Lucro Presumido, há uma guia para cada imposto recolhido. Veja mais detalhes na tabela abaixo:
Imposto | Tributação (%) | Prazo de vencimento | Base de cálculo |
ISS | Variável entre 0,74% e 5% dependendo da atividade e cidade | Variável entre os dias 05 e 15 do mês seguinte | Total da receita bruta (NF) |
PIS | 0,65% | Entre os dias 20 e 25 do mês seguinte | Total da receita bruta (NF) |
COFINS | Entre 3% e 4% | Entre os dias 20 e 25 do mês seguinte | Total da receita bruta (NF) |
INSS | Entre 1% e 2% | Dia 20 do mês seguinte | Total da receita bruta (NF) |
IRPJ | 15% + adicionais | Trimestral no dia 30 do mês seguinte ao referido período | Variável entre 8% a 32% dependendo da atividade e receita |
CSSL | 9% | Trimestral no dia 30 do mês seguinte ao referido período | Variável entre 8% a 32% dependendo da atividade e receita |
Como administrar os Recursos Humanos depois que abri minha empresa?
Estar à par da legislação é de extrema relevância para evitar processos trabalhistas. Além disso, esteja atento ao recrutamento de profissionais e ao alinhamento de expectativas de ambas as partes para que não haja alta rotatividade de pessoal.
Novamente, vale a pena mencionar a importância de uma orientação contábil especializada caso você ainda não tenha experiência nesse assunto. Um bom assessor contábil também pode ajudar nesse sentido.
Pronto! Agora quando surgir aquele questionamento inicial “abri minha empresa, o que devo fazer?”, você já terá uma ideia dos desafios que vêm pela frente. Se precisar de ajuda basta clicar aqui e falar com um dos nossos especialistas.
Bons negócios!